Exposição Fotográfica América Latina: Nação Cultura

Sobre a exposição: A exposição é integrante do projeto Corredor Cultural da regional sudeste do Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições Públicas de Educação Superior Brasileiras (FORPROEX). A instituição cedente é a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e o fotógrafo é o engenheiro civil Kléos M. Lenz César Jr. Esta seleção apresenta o olhar curioso e artístico de uma viagem realizada em família, de carro, do Rio de Janeiro a Santiago do Chile, entre 2 a 23 de janeiro de 2011.

Local: Térreo - Bloco B - Campus Santo André - UFABC

Período: de segunda-feira, 11/01/2016 a sexta-feira, 22/01/2016

Sobre o artista: Kléos M Lenz César JR é engenheiro civil, graduado na UFV em 1988 e PhD pela Universidade de Leeds, Inglaterra (2007). Desde 1992 é professor do curso de Engenharia Civil da UFV.

Arte é um hobby. Fotografia e música são seus passatempos preferidos. Na fotografia, busca inspiração nas obras do fotógrafo inglês Storm Thorgerson, designer da maioria das artes dos discos da banda inglesa de rock Pink Floyd, também uma inspiração musical.

Kléos nunca fez curso de fotografia. “Desde cedo aprendi a observar as sombras, enquadramento, foco, etc, nas fotos preto-e-branco tiradas pelo meu pai. As fotos de Thorgerson também me impressionam muito. Nelas observo a imensidão do céu, a linha do horizonte, a solidão, poucas cores, sempre mostrando o exótico, o pouco comum”.

Esta seleção apresenta o olhar curioso e artístico de uma viagem realizada em família, de carro, do Rio de Janeiro a Santiago do Chile, entre 2 a 23 de janeiro de 2011: “Foram 11000 km de um trajeto incrivelmente bonito, onde o que mais chamou a atenção foram o Aconcágua e a costa sul do Chile. Tenho muito a agradecer ao Fábio Lanna e a Valéria Viana, por longa data nossos companheiros de viagem, por esta oportunidade”.

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Por Kléos M Lenz César JR

Três coisas me intrigam acerca da fotografia:

1. A máquina fotográfica é uma caixinha seca que olha as coisas como se fosse um olho humano, uma imitação pobre. Iris-pupila/diafragma, velocidade do obturador/pálpebras, sensor/nervo ótico... Hoje, uma máquina fotográfica reproduz uma imagem em até lá seus 25 Mega Pixels. Um olho humano, 200. Mérito do inventor que conseguiu reunir lentes, motorzinhos e sensores eletrônicos para reproduzir parcialmente o invento úmido de carne. Parabéns!

2. O instante. Ao ver uma fotografia, me interponho entre o centro da pupila do fotógrafo e o centro do objeto fotografado, numa linha reta tracejada. Olho no olho, pupila na pupila. Tudo quase combinado. Quando você vê uma fotografia, pode se dar conta de que alguém esteve lá e viu aquilo tudo. Você olha com ele o que ele viu. Mérito do fotógrafo que enquadra o objeto. Parabéns!

3. Mas o que mais me impressiona mesmo é o objeto fotografado. Feio, bonito, dramático, suave, distante, perto... Admira-se o fotógrafo e premia-se o seu registro. No entanto, cá entre nós, não é mérito dele. É mérito de quem criou o que o fotógrafo registrou... Um registro do magnífico, num instante, numa posição, numa ângulo, usando uma máquina que se parece com um olho... O fotógrafo é autor do registro. O objeto fotografado é mérito do seu criador. Parabéns!