Nojo no mundo animal (V.1, N.1, P.4, 2018)

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Tempo de leitura: 2 minutos

Fonte da imagem destacada: internet

#acessibilidade Gato branco com uma expressão de nojo: olhos fechados, nariz contraído, língua dobrada encostando na parte superior da boca e pata dianteira esquerda encostada no peito.

Lembra do filme Divertida Mente (Pixar Animation Studios – 2015) e como as cinco emoções de Riley (Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojinho) a ajudam a superar as dificuldades de sua adolescência? Pois então, pesquisadores da Universidade da Califórnia publicaram recentemente na revista Science Magazine (16 março de 2018) um estudo a respeito da emoção “nojo“ em animais.

Sabemos que em humanos o sentimento de nojo (ou aversão) a algumas situações, fenômenos ou coisas, como contato com fezes ou pessoas doentes, ingestão de comida estragada, etc., visa nos proteger de agentes infecciosos que podem prejudicar nossa saúde. Acontece que o sentimento de nojo/aversão não é exclusivo dos humanos e muitas espécies de animais alteram seu comportamento de modo a evitar infecções. Por exemplo, mandrils (espécie de babuíno), assim como os humanos, evitam as fezes contaminadas por parasitas e se abstêm de se relacionar com indivíduos infectados. Os estudos mostram que esses primatas possuem uma capacidade diferenciada de detectar e alterar seu comportamento em resposta ao risco de exposição de forma muito similar ao comportamento decorrente do medo provocado por predadores. Assim como o medo é induzido pelos predadores, o nojo é induzido por parasitas e tem consequências diretas na estrutura e desenvolvimento populacional das espécies, suas interações com o meio e consequentemente com toda a estrutura de um ecossistema.

A grande importância deste estudo está no fato de que o efeito do medo em ecossistemas vem tornando-se cada vez menos influente, fato ocasionado pelo declínio da população de predadores em consequência da forte influência da atuação humana. Desta forma, o estudo de parasitas e seus hospedeiros pode se tornar cada vez mais importante se quisermos compreender e também prever como os ecossistemas responderão aos ambientes em rápida mutação.

Fontes:

A landscape of disgust – Sara B. Weinstein, Julia C. Buck and Hillary S. Young
Science – 16 Mar 2018 – Vol. 359, pp. 1213-1214
http://science.sciencemag.org/content/359/6381/1213

Outros divulgadores:

Vídeo do canal Minutos Psíquicos sobre medo em humanos

Vídeo do canal Minutos Psíquicos sobre o filme Divertida Mente e as emoções humanas

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