A ciência que você vê, mas não percebe! (V.1, N.3, P.3, 2018)

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Tempo de leitura: 3 minutos
#acessibilidade Cristais de Cloreto de Potássio (KCl) dentre e fora de um béquer.

analfabetismo1 - A ciência que você vê, mas não percebe! (V.1, N.3, P.3, 2018)

#acessibilidade Homem sentado em uma cadeira, diante de uma lousa em que se lê Ciência em meio a rabiscos que dificultam a leitura.

A escola da minha filha pediu para este mês a leitura do livro “O menino que aprendeu a ver” de Ruth Rocha. No livro, o menino, enquanto é alfabetizado, passa a ver o mundo de maneira diferente. Agora ele reconhece as letras entre os desenhos que via e percebe seu significado.

Existe um conceito muito semelhante, chamado analfabetismo científico. O analfabetismo científico é identificado em indivíduos que apresentam dificuldade em compreender conceitos científicos básicos, como aqueles que aprendemos na escola. A estrutura da matéria, as transformações químicas, o movimento, as transformações que ocorrem dentro e fora dos organismos em diferentes escalas espaciais e sua relação com o meio ambiente, por exemplo.

A ciência faz parte da nossa vida da hora que acordamos à hora que vamos dormir. Está na previsão do tempo, no tecido da roupa que você usa, na conservação do alimento, no tipo de alimento que você consome, na prevenção da doença, no remédio que nos cura, no computador, no celular, nas decisões sobre investimento, no seu banho quente, na sua noite de sono, nas notícias sobre verão extremo na Europa e novas áreas de ocorrência de doenças. Ela está lá o tempo todo e há tanto tempo que deixamos de percebê-la!

Existe um caminho muito longo percorrido da construção do saber científico até sua aplicação em nosso dia-a-dia. Podemos dizer que a ciência começa na mente de alguém que quer responder uma pergunta. Um curioso, um cientista! Mas a pergunta deve ser clara e poder ser respondida. A resposta precisa surgir da coleta de dados organizada e realizada através de instrumentos adequados. Os passos seguidos devem ser descritos de forma clara para que outros curiosos possam testar o resultado. Essas regras de construção do saber científico permitem que experimentos sejam repetidos e testados com base em diferentes materiais de estudo e conjuntos de dados.

A possibilidade de repetição e teste é o que diferencia o saber científico de outros saberes. É o que faz a ciência dinâmica e emocionante, mas também algo imprevisível. Até que seja obtida uma resposta que pareça consistente, que tenha passado por vários testes, são usados muitos recursos, principalmente tempo, material, dinheiro e pessoas. Se não somos alfabetizados em ciência, não percebemos sua importância em nosso dia a dia e a ciência parece dispensável. A ciência é um investimento de retorno certo, mas de longo prazo!

Fonte:

Fonte da imagem destacada: Alexandre Z. Carvalho e Ivanise Gaubeur

Fonte da imagem 1: site do podcast Rock com Ciência da UFV

What We Don’t Know Does Hurt Us. How Scientific Illiteracy Hobbles Society por Norman Augustine, Science 13 Mar 1998, Vol. 279, Issue 5357, pp. 1640-1641.

DOI: 10.1126/science.279.5357.1640, http://science.sciencemag.org/content/279/5357/1640

Para saber mais:

Popularização do conhecimento científico por Suzana P. M. Mueller, Revista de Ciência da Informação, v.3 n.2 abr/02.

http://repositorio.unb.br/handle/10482/990

Outros divulgadores:

Canal do Pirula no YouTube

Science Vlogs Brasil

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