Dopamina: a molécula da síndrome de Parkinson (V.1, N.5, P.4, 2018)

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Tempo de leitura: 2 minutos
#acessibilidade Estrutura química da Dopamina C 8 H 11 N O 2.

Lentidão nos movimentos, rigidez muscular, tremores, cansaço sem causa aparente, apatia. Estes são alguns dos sintomas de quem possui deficiência na disponibilidade de dopamina, molécula esta que é produzida em uma região do cérebro conhecida por substância negra (ou nigra) do mesencéfalo. A morte ou degradação de células desta região causa um “desabastecimento” de dopamina no corpo, provocando os efeitos apontados no início do texto, que no final das contas passam a ser conhecidos por Síndrome de Parkinson (SP). A dopamina possui, como uma de suas funções primordiais, o controle dos movimentos finos, do equilíbrio e da estabilidade postural.

Longe de ser uma doença negligenciada, a SP conta com muitos recursos humanos e financeiros para que se encontre a cura. No entanto, ainda hoje a doença é considerada incurável e progressiva, além de não possuir um prognóstico definido: algumas pessoas convivem bem com a SP por toda a vida, enquanto que outras se tornam severamente incapazes em curto tempo pós-diagnóstico, com comprometimento inclusive nas capacidades cognitivas e mentais. É comum dizer que cada doente possui o seu próprio Parkinson. Neste sentido, em um virtual diagnóstico, o paciente deve ter em mente que existe uma grande chance de que sua vida prossiga de maneira saudável, até mesmo muito próxima da normal.

O diagnóstico da doença não é trivial, sendo baseado principalmente em dados clínicos, histórico do paciente, dentre outros, pois não existe um exame específico para detectar esta síndrome. Exames complementares, como eletroneuromiografia, ressonância magnética e tomografia computadorizada podem ser úteis para excluir outras doenças que geram os mesmos tipos de sintoma, ou seja, o diagnóstico de SP é também realizado por exclusão. Seu tratamento é realizado principalmente com o uso de drogas que atuam como agonistas (substância capaz de se ligar a um receptor celular e ativá-lo para provocar uma resposta biológica) ou como precursoras da dopamina. Dentre a mais conhecida está a levodopa, droga-padrão no tratamento do Parkinson. Apesar de seus efeitos colaterais e tolerância, a levodopa sem dúvida causou uma revolução na melhora de qualidade de vida de muitos pacientes.

Fontes:

Fonte da imagem destacada: By Harbin [Public domain], from Wikimedia Commons

Para saber mais:

http://parkinsonhoje.blogspot.com/p/substancia-negra.html, acessada em 20/09/2018

https://www.erichfonoff.com.br/blog/levodopa-a-medicacao-que-revolucionou-o-tratamento-de-parkinson/, acessada em 20/09/2018

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